Mexer no celular na cama pode tirar mais do que seu sono

Você vai se deitar, mas antes de fechar os olhos, pega o celular e dá aquela conferida nas suas redes sociais. Quinze minutos vendo seu Facebook, dez minutos checando fotos no Instagram, e se você tiver Twitter, Snapchat e Telegram, pode colocar mais uma meia hora online antes de começar dormir...

Se você acha que esses minutos a mais no celular refletem somente em “minutos a menos” de sono, fique ligado: mexer no celular na cama pode ser mais prejudicial a sua saúde do que realmente parece.

Isso acontece porque no escuro, a luz emitida pelos smartphones chega a ser tão forte quanto a luz solar, e seu corpo e mente não entendem muito bem como interpretar esse estímulo fora de hora. Uma das primeiras reações do seu organismo é a redução e até a interrupção da produção de melatonina, o hormônio produzido pelo cérebro durante a noite que ajuda “pegar no sono”.

Essa perturbação no seu horário de sono pode deixá-lo distraído e prejudicar a sua memória já no dia seguinte, afetando diretamente sua capacidade de aprendizado. Além disso, pessoas cujos níveis de melatonina são suprimidos e cujos relógios biológicos são desregulados pela exposição à luz azul, têm mais probabilidades de desenvolverem depressão.

Mas os problemas causados pela luz azul emitida da tela do seu celular não param por aí: a interrupção no relógio do sono e na produção de melatonina interferem também nos hormônios que regulam a fome, podendo aumentar o risco de obesidade.

Para completar o pacote de riscos à sua saúde, ficar no celular no escurinho da sua cama ainda é estudado como motivo de ferimentos na retina causados pela luminosidade azul, e também, como possível fator do surgimento de cataratas.

Apesar de já existirem alguns aplicativos que mudam a cor da tela do seu smartphone para tons mais amarelados, o ideal mesmo seria mudar o hábito e reduzir o uso do aparelho na cama para evitar a exposição dos seus olhos à luz azul.